quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Dida e o sexo do bebê



Ao ver sua amiga grávida, a minha mãe pergunta se ela sabe qual é o sexo. A grávida responde: não sei ainda!

Aí, Dida vem com mais uma de suas invenções:

"Vou te mostrar alguns objetos e de acordo com o que sentir, descobrimos o sexo do bebê!".

Mostrou um carrinho e perguntou: "o que você sente quando vê esse carrinho?".
A grávida respondeu: "Nada!"

Mostrou uma boneca e perguntou novamente: "o que você sente quando vê essa boneca?"
A grávida respondeu novamente: "Nada!"

Não se dando por vencida, perguntou:

"E PLUMAS?"



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Polemizando no Supermercado



Uma das coisas que eu mais curto é chocar as pessoas e ver a reação delas. 

Dia desses eu fiz uma trollagem que ficou pra história:


Fui no supermercado com a Ju, e lá tem aqueles cartões de fidelidade, e talz, que você tem que dar o CPF pra juntar pontos.

Como não sou cooperado de lá, dei o CPF da Ju , que é cooperada. 
Apareceu no visor: "Bem vinda, Juliana Ferraz". 
A moça estranhou, olhou para a minha cara e perguntou: "Juliana Ferraz?". 
Eu, com a maior naturalidade respondi: "Sim, eu fiz cirurgia de mudança de sexo de mulher pra homem. Deixei só os seios." (e apertei os peitinhos de gordura). 
A moça arregalou os olhos, engoliu seco e ficou sem ação.  A menina do caixa ao lado parou de passar os produtos do cliente dela, e me olhou de cima abaixo... até eu explicar que era brincadeira. 

Ps.: mas eu só disse que era brincadeira pq a Juliana me cutucou!


terça-feira, 25 de setembro de 2012

O dia em que fui abandonado pelos meus pais

Carro velho: todo mundo aqui com certeza tem uma história muito engraçada com um - eu tenho várias, pois meu pai SÓ teve carro velho.

Uma vez ele apareceu em casa com um fusca branco que só dava problemas. Um dia estávamos todos juntos indo passear, quando o carro pifou no meio da rua. Toda a família dentro do carro, meu pai empurrando o caro do lado do motorista me mandou empurrar pela traseira. Depois de muito esforço...
UFA! Pegou!

QUANDO DE REPENTE (ah, que saudade que estava dessa frase!!!): meu pai aproveitou que o carro pegou, entrou no carro e foi embora... ME DEIXANDO PRA TRÁS!!!!!
Eu me lembro bem daquela imagem, da fumaça subindo, o fusca sumindo no fim da rua e eu com as mãos na cabeça pensando: o que será de mim?

Naqueles poucos minutos (nem 2 minutos), me sentei na calçada chorando, tentando entender e aceitar como seria a minha vida dali por diante, nessa nova realidade de menino de rua. Onde eu iria dormir?  O que iria comer?

Passado esse micro-tempo de reflexão, ouço o barulho do carro chegando e o meu pai gritando: corre! me segue e sobe no carro!!!!

Tive que subir no carro em movimento, ainda com o rosto molhado e o coração acelerado! "Que bom, meus pais se arrependeram e vieram me buscar!"Não. Ele teve que dar a volta no quarteirão e voltar pra me buscar, porque se parasse o carro, ele não funcionaria mais...

Não teve como não lembrar de mim quando vi esse filme! Hahahahahahahahah


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Quando o "Zé do Norte" morreu

Eu estava guardando esse post pra algum dia. Não sabia qual seria esse dia, mas acabei de assistir a um vídeo (que posto no final), e me inspirei.

No dia 07 de julho de 1995 o Zé do Norte, meu pai, morreu.

Eu tinha 17 anos. Ele sempre dizia que quando eu fizesse 18, ele me daria o meu primeiro carro. Faltando 20 dias para isso, ele se foi.

A morte é algo natural, mas ao mesmo tempo não é. Fomos feitos para viver eternamente, a imagem e semelhança de Deus, por isso não a aceitamos. Ela rasga. Ela arranca um pedaço da gente. Enquanto ela visita a casa do vizinho, ela é triste. Quando ela entra na nossa casa, ela é dilacerante.

Nunca tive um relacionamento profundo com o meu pai. Talvez pelo alcoolismo dele. Ele nunca estava "são", sempre bêbado. E quando não estava bêbado, estava depressivo. Isso me dava muita raiva, eu o rejeitava por isso. Eu o queria tanto, que o rejeitava. Estranho isso, né? Mas era assim.

E por isso, eu nunca disse que o amava. Talvez quando criança, não sei. Mas conscientemente eu não me lembro. Mas eu o amava sim. Com todas as minhas forças. Era gostoso quando ele ria alto, de boca aberta. Era maravilhoso ver seus olhos marejados de emoção. Eles ficavam verdes, bem verdes.

Mas eram tão poucas as vezes que isso acontecia. O vício o roubou de nós. Fez com que ele sofresse seu primeiro infarto.

Sozinho em casa, desentupindo o encanamento do bar, que sempre dava problemas. Ele estava sujo de esgoto, passando mal. Subiu para casa e se deitou. Um menino da vizinhança, o Gil, mandado por Deus, foi até o quarto dele, não sei por que, e instintivamente fez a massagem cardíaca que o manteve vivo até a minha mãe chegar e chamar o resgate.  Cheguei do trabalho e vi o bar fechado. Minha mãe na janela, lá de cima me contou um pouco do que havia acontecido. Naquela semana eu fui visitá-lo no hospital. Ele estava diferente, sóbrio. O médico o deu alta e o proibiu de beber e fumar.

Dali até o segundo infarto, não lembro quantos meses foram. Sei que ele não tomava nem sorvete de "rum com passas", de medo. Mas não largou o cigarro. Mesmo assim, a partir dali, o vício começou a me dar um pai que eu nunca havia conhecido. Foi muito bom.

Até o segundo infarto, que o deixou mais um bom tempo internado.  Eu tinha uma folga na sexta-feira, mas ele receberia alta na segunda. Resolvi ir buscar as minhas lentes de contato, que já estavam prontas.

No domingo antes de receber alta, ele teve um segundo infarto. Eu estava na igreja, tocando bateria. Minha mãe foi chamada ao hospital, com urgência.

Enquanto cantávamos "O nome de Jesus" (Adhemar de Campos), fiquei sabendo que ele não estava bem. Cantei bem forte naquela parte "o nome de Jesus levanta os mortos, o ome de Jesus sara os feridos".

Me chamaram lá fora para entregar a prótese dentária dele, enrolada em um paninho. Mas ele não ficava nunca na vida sem aquela prótese. Ele havia acabado de falecer.

Nunca mais quis cantar aquela música "mentirosa". Ué, o nome de Jesus não é poderoso? Por que não foi dessa vez? Pensei.

Meu pai aceitou Jesus naquela semana.

Hoje eu entendo os caminhos de Deus. Ele tem ciúmes de mim, diz a Palavra. Ele levou meu pai pra bem perto dele. Lá, eu terei o meu pai, comigo, eternamente.

http://www.youtube.com/watch?v=x4QT6z2Du-c&feature=youtube_gdata_player

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Junior e o Amigo-Secreto

Antes de mais nada, um desabafo: eu não gosto de Amigo-Secreto. Só participo para não causar polêmica, e só no da família.

Isso não vem de agora, sempre foi assim, é um trauma de infância.  Mas, você deve estar se perguntando: "Por que, José de Arimateia???"

Bom... quando eu compro um presente para o meu amigo secreto, sempre compro algo que gostaria de ganhar (no caso de homem), ou peço opinião para a Juliana (no caso de mulher). Porém, ou as pessoas não gostam de mim, ou querem me sacanear, ou é porque tudo na minha vida tem que ser assim, cagado.

Quando era criança participei do meu primeiro amigo-secreto de escola. Fiquei super empolgado, comprei um jogo da Estrela, um "Jogo da Vida"(uma espécie de Banco Imobiliário só que mais simples). Sabe o que eu ganhei? UM TALCO ALMA DE FLORES. Sim, aquele azul, de velha, que a sua avó tinha no banheiro.

Outra vez, dei um outro brinquedo lindo, de marca também. Ganhei uma BIC 4 CORES (na verdade, TRÊS CORES, porque a verde não funcionava).

Para evitar erros, todo ano eu comecei a pedir que quem me tirar no amigo secreto DEVE me dar uma CAMISETA BRANCA SEM ESTAMPA DA HERING. Mais claro do que isso, só se eu mesmo for comprar.

Só ganhei uma vez.

Isso porque as pessoas me acham "descolado", aí querem dar algo QUE EU VOU ADORAR, tipo:



  • camiseta baby look verde limão com estampa auto-refletiva (com essa barriga enorme, imagine a cena).

  • macacão prateado

  • boné ultra incrível com taxas (estilo: cheguei em SP agora mesmo, pra tentar a vida)

  • calça com 487 bolsos (do mesmo estilo acima)

  • Mochila mega-colorida (uma vez ganhei uma assim, todas as cores eram fluorescentes. Fui no Zoológico com ela, e quando passei pela jaula do Leão, ele começou a urrar de ódio, colocar as patas para fora da grade, tentando me matar).

  • Livro de Piadas do ARI TOLEDO


  • óculos tipo John Lennon de lentes azuis (tipo do cara ridículo da banda KLB)
Vou parar por aqui. Mas uma coisa eu digo: o ano que eu tirar o meu nome no amigo-secreto, eu não vou trocar. E vou me dar O MELHOR PRESENTE DE TODOS OS AMIGOS-SECRETOS!






quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Eu nunca assisti "O Rei Leão"

Lembro que, quando lançou o filme, todo mundo foi ao cinema assistir. Foi uma febre, não só entre as crianças, mas entre os adolescentes de jovens da época.
Todo mundo comentava, cantava "Hakuna Matata", e eu entendia "Atum na batata", e pensava que a brincadeira da música era sobre alguma parte culinária do filme.
As pessoas cantavam, e eu ria, fingindo entender, pra não ficar deslocado.
Os comentários eram: "Você lembra daquela parte que o macaco levanta o leãozinho? Ah, eu chorei"... e eu: "Aham, é lindo mesmo!"... só pra não posar de looser.

Mas um dia resolvi assumir: "Eu nunca assisti O Rei Leão." Algumas pessoas riram, outras ficaram com dó. Mas nunca ninguém se dispôs a assistir comigo.

Cheguei a ver um trecho musical "O Rei Leão", quando fui à Disney (sou glamuroso) , mas até hoje, nunca assisti o filme  "O Rei Leão".
Fim


ps.: agora entrou outro na minha lista: "Procurando Nemo". Eu nunca assisti. Também.



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Fui preso pela Polícia Federal Britânica no primeiro dia de casado!


Estavámos lá, a Juliana e eu, em nosso primeiro dia de casados, no aeroporto. Acabávamos de chegar em Londres, exaustos após 12 horas de vôo. Detalhe: a Maria, mãe de um amigo nosso, o Sandro que mora em Londres, estava com a gente, pois aproveitou a companhia pois não falava inglês (essa é uma outra história, que merece um post depois)

Como eu já tinha ido para Londres em duas outras ocasiões, conhecia bem como funcionava a imigração. Nem por isso estava tranquilo - como sempre, eu estava muuuito tenso.

Bem em frente aos guichês de entrada, tem umas cadeirinhas, onde eles colocavam as pessoas que seriam  DEPORTADAS. Eu estava morrendo de medo de "sentar lá, Cláudia". 

Pois bem, chegou a nossa vez. A Maria teve que ir sozinha para o outro guichê, mas eu pedi que tivesse uma intérprete de português para ajudá-la, antes dela ir.

No meu guichê, conversando no meu inglezinho mais sem-vergonha possível, falei que  havíamos nos casado na noite anterior e que estávamos em lua-de-mel, aproveitando para conhecer Londres.

O atendente da imigração, gordinho ruivo (que apelidei Cenourinha) não muito simpático (assim como boa parte dos britânicos), perguntou: "OK, onde está a certidão de casamento?". Logo respondi: "Nos casamos ontem no civil e religioso, e no Brasil demora cerca de 15 dias para a certidão ficar pronta".
"Mas, como você quer que eu acredite que vocês se casaram, se não tem nenhuma prova?". Retrucou o Cenourinha.

Eu fiquei sem saber o que falar. Quando de repente, MARIA sai do seu guichê e vem tentar conversar comigo. Foi a gota-d'água. A Polícia pegou a Maria pelos braços e a puxou. Cenourinha gritou: "Tirem essa mulher negra daqui!". Aí começou a bagunça....

"Quem é essa mulher negra?"Perguntou gritando o Cenourinha.
"É a Maria, que veio conosco para visitar seu filho que mora aqui", respondi.

O Cenourinha mudou de cor, tornando-se o Beterrabinha... e gritou: SENTEM-SE ALI NAQUELES BANCOS.

O que eu mais temia me ocorreu, como disse Jó. Sentamos nos banquinhos. Eu já coloquei a mão na cabeça (que vai começaaaar... o Rebolation-tion... não, não foi isso)  e me desesperei. "Eu não tinha falado pra você, Ju, que se a gente sentasse nesses banquinhos a gente ia ser deportado??? Pois é, LASCOU, FIA".

Ficamos ali por um tempo, até a fila de entrevistas acabar, e mais 2 pessoas (além da Maria), se juntarem a nós.

Dali, nos levaram para uma sala fechada por fora, sem conforto nenhum, gelada, sem comida, água, janelas, nada... ESTÁVAMOS PRESOS PELA POLÍCIA FEDERAL  BRITÂNICA.

Conosco estavam: Maria (mãe do Sandro), uma garota de programa e um evangélico que estava tentando a vida em Londres.

Dali para a frente, me separaram da Juliana. Tiraram fotos minhas em uma parede com marcações de altura, segurando uma plaquinha com o meu nome e dados de passaporte. Uma foto de frente, duas fotos de lado (esquerda e direita) Depois, me levaram para uma sala com uma mesa e algumas cadeiras, todas presas no chão por correntes.  Ali já estavam me esperando a agente da Polícia Federal Britânica e uma portuguesa, para ser intérprete. Já percebi que a  coisa ia ser pesada.

Depois de uma sééééérie de perguntas absurdas (você possui armas brancas, armas de fogo, material perfuro-cortante, drogas ilícitas, material explosivo, de conteúdo sexual e pedófilo em sua bagagem?), me levaram de volta para a sala. Antes que eu pudesse trocar uma palavra sequer com a Juliana, a tiraram da sala e fizeram o mesmo com ela...

Alguns minutos depois, volta a Juliana, e eu sou retirado novamente. Isso se repetiu por umas 8 vezes. Nesse meio tempo, eles levaram a GP (garota de programa), o evangélico e a Maria, para o "ensaio fotográfico"e entrevistas.

Detalhe que eu esqueci: toda a nossa bagagem, celular, carteira, dinheiro, documentos, foram retidos por eles. Só tinhamos as roupas do corpo (nem a dignidade a gente tinha mais).

Depois de 8 horas e muitas perguntas, gritos, humilhações, batidas na mesa (não batidas de beber, mas PORRADA mesmo.. a mulher era meio "Gadú"), a Juliana lembrou que tinha um recibo de aluguel de som, para a festa, dentro de sua bolsa de mão, assinado, com a data e com o nome dela. Eles aceitaram!!! Por um milagre fomos liberados, Juliana e eu.
A garota de programa estava no aeroporto errado (estávamos em Heatrow, e ela deveria ter ido para Gatwick) e foi liberada,  o evangélico mentiu que estava só indo passear, que queria conhecer a TORRE EIFFEL em Londres, e foi deportado...

Mas... e a Maria? A Maria tinha levado um pacote IMENSO de cigarros, e ficou uma horinha a mais do que a gente, pra tentar se explicar... o cigarro foi detido.

Já tendo uma crise de pânico lá fora, vemos a Maria, cansadíssima, aparecer na nossa frente. Chorei até.

Mas, enfim, não precisamos voltar para o Brasil perdendo uma baita grana. Iríamos, enfim, curtir nossa Lua-de-Mel em Lodres!! (sem a Maria, que foi para a casa do Sandro!!!)