Mesmo assim, no bairro onde ele tinha a casa do norte (Jardim Macedônia - Capão Redondo/SP... não preciso falar mais nada, né...), tinha um time de futebol, que não lembro o nome agora... E O MEU PAI ERA O PRESIDENTE DE HONRA DO TIME!
Sem ao menos saber a escalação do time, sem saber definir um "impedimento" ou até mesmo onde cada time deveria fazer o gol, sempre que o time dele jogava, lá estava ele. De terno branco, camisa vinho, com pelo menos 4 botões abertos (camisa normalmente tem 5 ou 6), correntes de ouro, sapato Oxford vinho de bico fino e um anel com pedra vermelha (ele dizia que era anel de advogado, mas ele só tinha até a 4ª série fundamental).
Não pessoal, eu não me enganei. Ele ia assim para o campo. Campo de lama, sem arquibancada, campão mesmo... de "pilinferia". O terno era tão branco (e ele ficava doido se sujasse) que parecia uma tapioca.
Mas não para por aí... para chegar ao campo, o pessoal do time passava na minha casa, com uma caminhonete, todos os jogadores na caçamba... e ele não ia na cabine não... Zé do Norte era um homem do povo, e como todo homem do povo, lá estava ele, na caçamba, de terno branco e todos os outros detalhes que citei acima. Ia e voltava na caminhonete, com seus "pupilos" amados. Aclamado por toda uma geração de jogadores de final de semana.
Todo orgulhoso por ser presidente do time do Jardim Macedônia!
Todo orgulhoso por ser presidente do time do Jardim Macedônia!
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