sexta-feira, 4 de março de 2011

#coisasderetiro "As meninas e o filho do caseiro"

Aproveitando a tag #coisasderetiro que tá rolando no twitter, vou aproveitar para contar uma que aconteceu em um retiro da minha antiga igreja.

Todos os jovens e adolescentes da minha igreja cresceram praticamente juntos... éramos como irmãos de sangue mesmo, assim, sentíamos que nunca iríamos namorar uns com os outros... os meninos até queriam, mas as meninas nos esnobavam...
Elas sempre diziam que éramos feios e infantis, e nem queriam papo com a gente...

Pois bem, no retiro daquele ano, ao chegarmos só tomamos chá com bolacha e fomos dormir...já no dia seguinte, ouvimos uma gritaria vindo de um grupos de meninas. Elas estavam em uma cerca, apreciando o filho do caseiro, que estava trabalhando, sem camisa, ajudando o seu pai. A cada enxadada que o cara dava no mato, elas gritavam! E a gente, lá, no maior ciúme.
Elas não perderam tempo, e logo que conseguiram conversar com o caseiro, falaram que estavam convidando  o filho deles para o culto da noite... o caseiro ficou muito feliz, e disse que com certeza o filho dele iria.
Mais gritinhos de empolgação e todas foram para a área da piscina... naquele dia, o assunto delas foi justamente "o filho do caseiro".

Entardeceu, e todas se trancaram no quarto. Uma gritaria, barulho de secador de cabelo e tudo mais. Horas depois, todas saem maravilhosas, maquiadas e perfumadas do quarto, nem parecia mais acampamento.

Todas a postos, só à espera do "filho do caseiro"... na hora certa, às 20h, vimos surgindo de longe o tal "galã rústico", que elas tanto queriam ver...

Camisa branca, calça jeans folgada.. as meninas nos obrigaram a recebê-lo, afinal, elas eram meninas e talz...

O primeiro "AÊ" que trocamos com o rapaz foi recebido com uma risada estranha, tímida...
Fomos cumprimentá-lo e percebemos que ele não agia como adulto... foi aí que percebemos que ele era um garoto especial, que sofria de um tipo e atraso mental, e que sua mente era como a de uma criança de 8 anos!

As meninas se frustraram. E nós, os meninos, ganhamos um amigo! Ele se enturmou rapidinho com a gente, e cantava e dançava o tempo todo 'Adocica, meu amor, adocica", do Beto Barbosa.

E no final das contas, ninguém namorou ou casou com ninguém. Acho que, nem o rapaz do "Adocica"

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