quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Minha mãe de mini-saia!

Como escrevi na primeira postagem, meu pai trouxe sua prima de primeiro grau para SP. 

Pois é, na família Silva é comum casar primo com prima. Tenho inclusive um tio que ficou viúvo da prima e casou com outra prima, prá não perder o costume. 

Voltando ao assunto, meus pais se casaram em 1975, lá na Paraíba. No mesmo dia que a minha mãe resolveu se casar, a irmã mais velha dela, com medo de ficar prá titia, resolveu casar também. E a irmã do meu pai, vendo que o irmão mais velho e duas de suas primas estavam prá se casar, resolveu entrar na roda. 
No mesmo dia casaram-se: meu pai e minha mãe; tia Danda e tio Tonho; tia Lita e tio Nézinho.

Diz a minha mãe que, como a grana tava curta na família prá casar tanta gente de uma vez, aproveitou-se o fato de que cada um casava em horário diferente, e decidiu-se que todas elas usariam o mesmo vestido!
Nessa, a minha mãe seria a última a usar o vestido, que na sua vez provavelmente não estaria mais alvo,  muito menos perfumado. 

Decidida a não passar por isso, Dida (minha mãe) pegou um vestido cor de "carmezim" longo até os pés, que havia ganhado de seu então noivo, e meia hora antes de sair de casa pro cartório, o cortou acima dos joelhos e fez a barra. Zé do Norte, quando a viu, ficou embasbacado, mas não falou nada.

E naquele dia casavam-se Dida e Zé, chocando todo o povoado de Esperança, com seu vestidinho da cor do pecado - e do tamanho também.





 

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