quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Meu nome é José de Arimateia. Pare de rir, droga!

Não contei a história do meu nome. Muitos dão risada ao ouvirem, outros não acreditam que estou falando a verdade. Meu nome é José de Arimateia. E eu sei, você riu agora.

Pois bem... um dia estava eu no "prézinho" (tipo um maternal, hoje em dia), no meu primeiro dia. A professora fez toda a chamada, e eu esperando ela me chamar. No final ela perguntou: "Faltou alguém?" Eu levantei a mão e disse: "Eu!"
Aí ela perguntou: "Qual o seu nome?", já voltando os olhos para a lista, para procurar, quando eu respondi: "Junior!". Ela riu, olhou na lista e falou:"José de Arimateia Silva Junior, né" enquanto eu, contrariado respondi: "Não, só Junior!". Ela riu mais uma vez e disse: "Não, não existe só Junior, seu nome é José de Arimateia Silva Junior."

Em um misto de confusão, pânico, tristeza, choque e desespero, levei para a casa a primeira frustração da minha vida: a triste realidade de ser José de Arimateia Silva Junior.

Até a minha adolescência eu sempre perguntava para a minha mãe: "Mãe, quando você olhou aquele bebêzinho tão inocente e indefeso no seu colo, enquanto caminhava em direção ao Cartório, você não pensou que estava marcando para sempre a vida do pobrezinho com um nome tão feio? Não pensou em desistir?". Ela dizia: "Era moda na época, e eu sempre quis te chamar de Juninho". Tá bom mãe... mas tem coisa que pede o bom senso, né? Se a minha avó já fez a loucura de colocar esse nome no próprio filho, você vem e comete o crime de novo?!?!

Pois bem.... já adulto, com uns 30 anos, casado e depois de 7 "Encontros com Deus", eu já estava acostumado com o meu nome. Afinal, todos os artistas estavam colocando os nomes de seus filhos de Benedita, Maria, Benício, Joaquim... José, nesse meio, era fichinha. E Arimateia é étnico, é agressivo... tinha se tornado "chique".

Aí, um dia estava andando com a Juliana na rua, quando paramos em uma banca de jornais e vimos uma revista com a Carolina Dieckman na capa: grávida, barrigão de fora, com um batom na mão e escrito em sua barriga: JOSÉ.

Imediatamente, Juliana fez uma cara feia e disse: "Não acredito que a Carolina Dieckman vai colocar esse nome horrososo no seu filho: JOSÉ. Credo".
Com a faca ainda apunhalada no peito eu disse: "Oi, meu nome também é JOSÉ".

Ela disfarçou, mas não tinha mais o que fazer ou falar.

E eu não sei com que frase acabar o texto. Eu ainda fico muito chocado quando falo sobre o meu nome.

FIM!

4 comentários:

  1. "JOSÉ. Credo" olha a gafe aiuhaiouhaiouhaoiuahoaiuhaoiuhaoia euri

    heeeey, meu pai se chamava José Agnaldo e sim, quando adulto ficou chique. ^^

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  2. kkkkkkk...morro de rir com vc Junior.
    Não acredito que a Ju deu esse fora...kkkk
    E ela nem comentou aqui...rs

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  3. Ah, ela tá fingindo que não é com ela...rsrsrsr

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