quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

(post extra do dia!) Apanhando sem merecer...

Quando eu era criança, como já disse no post anterior, eu era NERD.

E como todo nerd que se preze, eu sofria - e muito - na escola.

Tinha um menino da 5ª série e eu era da 2ª. Ele era muito folgado, e batia em todo mundo. Me lembro bem, que sempre na saída da aula, ele me chamava: "Ô muleque...". Eu olhava, aí ele vinha correndo atrás de mim e me enchia de porrada. Bicuda, soco no estômago, paulistinha... dependia do cardápio do dia.

Aí uma vez pensei assim: "Se toda vez que ele me chama, eu atendo e apanho, então, da próxima vez, vou fingir que não é comigo. Não vou atender e vou continuar andando".

Outro dia, a mesma coisa: "Ô, muleque... ô, muleque, caramba" (ele não falou caramba, mas eu não vou repetir aqui o que ele falou), berrava o menino. Continuei andando, fingindo que não era comigo.
De repente sinto um tapa na orelha, do nada. "Tô falando com você, não tá me escutando, muleque?" Ele gritou na minha cara, entre gotas de saliva que saiam de sua boca caindo diretamente nos meus olhos, me dando mais uma porrada na barriga.

E naquele dia apanhei de novo, sem merecer.

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